sábado, 13 de abril de 2013

BoicotaSP - uma baita iniciativa!

Quem vive em São Paulo ou no Rio de Janeiro está pra lá de ciente dos preços abusivos que pagamos em restaurantes e lanchonetes nas cidades. O pior de tudo é que os preços são altos e muitas vezes estão longe de condizer ao serviço e à qualidade do produto. Quem nunca se decepcionou ao pagar caro num prato e ainda não gostar muito da comida?

Fui ao Partisans Pub em São Paulo há poucos dias com uns amigos. Pedi um hambúrguer que me custou 25 reais e que topei pagar porque já tinha comido antes e gostado. Mas dessa vez o hambúrguer estava bem menos saboroso, sem sal e demorou muito para chegar. E cá entre nós, um hambúrguer de 25 reais!?! É demais. E no Tubaína Bar? Fui uma vez para nunca mais! Um refri que costuma custar bem baratinho em qualquer mercado do estado de São Paulo, neste bar custa uma fortuna! Além do mais as porções são caras e mal servidas, você paga muito e sai com fome!

Temos a cultura burra de achar que coisas boas precisam custar os olhos da cara! E o pior é que essas supostas "coisas boas" não raro custam a metade do preço em qualquer outro país do mundo! Duvida? Então confira um trecho da reportagem especial de Zeca Camargo para o Folha de São Paulo: 

Você lembra quando percebeu que o jantar de R$ 150 virou rotina?
Para mim, foi numa noite, no final do ano passado, quando levei um amigo americano para jantar num bistrô que, de tão bem-sucedido, já abriu várias filiais, inclusive fora de São Paulo -o jantar que cito, aliás, foi no Rio.
Éramos sete pessoas e comemos bem, ainda que sem excitação: medalhão bérnaise, steak tartare, risoto de bacalhau, peito de pato.
Assustados com a carta de vinhos, pedimos apenas algumas taças, não para todos. E veio a conta: R$ 150 por pessoa. 

Teria sido mais um jantar "normal", não fosse pelo comentário do meu amigo americano: "Sabe o que aconteceria com um restaurante desses em Nova York? Fechava em uma semana!".
Meu amigo americano não reclamava da comida, claro, mas da relação custo-benefício do restaurante, cuja conta saiu por R$ 150.
Quando um nova-iorquino paga U$ 75 (o equivalente a R$ 150) para jantar fora na sua cidade, a expectativa é de algo ligeiramente mais elaborado (e saboroso e criativo) do que um "magret" de pato ao molho mostarda...
No começo do ano, a revista "New York" saiu com a tradicional lista de "onde comer" naquela cidade obcecada por uma boa refeição.
A média de um prato principal no Acme, um dos novos e bons restaurantes escolhidos por Adam Platt, o crítico da revista? US$ 25 (cerca de R$ 50). No Pok Pok NY, de um dos melhores chefs de 2013? US$ 14 (R$ 28).
O prato mais caro no elogiado Battersby custa U$ 29 (R$ 58). No The Dutch, um dos endereços mais disputados atualmente na cidade? US$ 24 (ou R$ 48).
Claro que há, na mesma lista, os menus-degustação de US$ 150 (R$ 300) ao teto de US$ 195 (R$ 390) para o Eleven Madison Park. Mas esse é, só lembrando, um dos dez melhores restaurantes do mundo de acordo com o ranking da revista inglesa "Restaurant", graças ao talento do chef Daniel Humm.
Esse não é o problema. Para cada Humm, nós temos aqui nosso Alex Atala, entre outros, que, pela cozinha diferenciada, podem pedir, sim, um preço diferenciado.
Mas o que me parece absurdo é pagar um valor alto por uma coleção de pratos genéricos.
Você conhece os suspeitos: atum em crosta de gergelim (ah! com molho teriaki!), carré de cordeiro, espaguete ao vôngole (quando o garçom não tenta empurrar o ainda mais genérico "aos frutos do mar"), arroz de polvo, peixe do dia ao molho de maracujá, ceviche de (claro!) camarão, saint-pierre à provençal, polvo prensado, "steak au poivre", macarrão "thai"...
Essas coisas pelas quais aceitamos pagar um total de R$ 150. Ou melhor, talvez você aceite -eu já abandonei alguns endereços que não me dão nem surpresas nem prazer no seu cardápio. (FONTE)

Pessoal, não é chique pagar caro, é burrice mesmo! Deu para entender? E quando você aceita pagar esses preços absurdos você está dando o recado para os comerciantes desonestos: "continue nos sacaneando que nós pagamos mesmo!" E ai os preços nunca vão baixar e vamos continuar como otários que acham o máximo pagar 150 reais por uma macarronada. Eu já cansei disso, não pago mais! 

Pois agora surgiu um site muito bacana chamado "BoicotaSP" onde os cidadãos de São Paulo podem denunciar os estabelecimentos com preços abusivos. Eles cobram caro demais? Então vamos boicotar! Visite o site, confira os estabelecimentos denunciados e, mais importante, não vá até eles! Não pague, BOICOTE! 

Up Date

Além do BoicotaSP que mostra os estabelecimentos com preços abusivos, existe o SP Honesta que indica os lugares com preços justos e comida saborosa! Então vamos apoiar os estabelecimentos honestos de São Paulo e boicotar os sacanas!


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